Olá pessoal, como vocês estão? Tem um monte de gente nova por aqui... OLÁ NOVOS AMIGOS! Acho que a grande maioria de amigos novos verio pelo Érico Assis que me citou em alguma edição da sua newsletter: a virapágina. Se você curte quadrinhos e ainda não conhece a virapágina, você tem a obrigação de ir lá assinar. Pode ir agora, abre o link em outra janela, eu te espero aqui.
Foi? Tá bom, deixa eu começar essa edição então, que basicamente vai ser um enorme jabá, mas vou tentar deixar algumas indicações também!
A resenha do Sidney Gusman no Universo HQ
São 7 minutos do Sidão segurando o gibizão e falando empolgado. Ele já tinha me avisado que ia rolar uma resenha e eu passei o final de semana na expectativa. E caramba, que resenha! Ele comentou coisas ali que eu nem lembrava mais, detalhes que eu tinha esquecido. Como foi bom revisitar meu gibi pelo olhar do Sidão. E é muito legal ver alguém tão empolgado com algo que a gente fez. Eu já recebi algumas fotos de mães ou tios que deram o gibizão pras suas crianças e a alegria que me dá ver uma criança empolgada com leitura, com desenho.
Depois de terminar um trabalho de anos e grandão assim, meio que dá um certo fartão de olhar pra ele, sabe. Quer dizer, eu tenho orgulho do que fiz, mas também tenho uma certa tendência em focar no negativo, então o que eu mais lembrava eram os defeitinhos, as coisas que eu não consegui trabalhar tão bem quanto gostaria. E o Sidão comentou sobre um deles: a mudança no traço. Eu comecei o gibizão em 2018 e o abandonei alguns meses depois, pra continuar só em 2020. Meu desenho mudou nesse tempo. Não importa há quantos anos você desenha e trabalha com isso: estamos sempre mudando e evoluindo, acho que é assim com todas as artes: uma banda não fica lançando sempre o mesmo álbum, eles mudam. Então tem uma diferença enorme no desenho. Eu achava isso muito ruim e queria refazer todas as primeiras páginas. Mas estamos falando aí em redesenhar umas 100 páginas, o que teria atrasado o lançamento em mais um ano, provavelmente. Eu abri mão de fazer isso, mas foi algo que me incomodou um pouco. Bom, o Sidão achou interessante acompanhar a evolução no traço: algo que eu achava ruim virou interessante no olhar de outra pessoa.
Ele também comentou que eu estava afastada dos quadrinhos e me dedicando apenas à tatuagem. Curiosamente, não é a primeira pessoa que me diz isso: sempre que eu vou em algum evento de gibi alguém faz esse comentário. É meio estranho ouvir isso porque eu nunca parei de fazer quadrinhos. Mas infelizmente não consigo ganhar a vida só com isso. Tatuar me proporciona um ganha-pão e ainda posso viver da minha arte. E é divertido tatuar! Fazer quadrinhos ou trabalhar com ilustração é maravilhoso mas é um trabalho bem solitário. Mesmo sendo meio eremita até eu sinto falta de interagir com outras pessoas às vezes. Tatuar me proporciona isso também. Tenho muita sorte de atrair só pessoas legais e toda sessão de tatuagem acaba sendo divertida.
Aí curiosamente às vezes ouço dos meus colegas de estúdio que agora eu só faço gibis, não tatuo mais. Eu faço as duas coisas, gente! É como coração de mãe, sempre tem espaço.
Aliás, Esses primeiros meses do ano são sempre parados no estúdio, então tem promoção rolando: lá nos destaques da floortatu você encontra desenhos bem em conta pra tatuar em fevereiro. Aproveita que você não pode ir pra praia nem tem amigo com piscina e vai se tatuar comigo!
Loxinha
Finalmente criei uma loja na UmaPenca: aos poucos vou engordando ela, mas já tem várias camisetas, posters, canecas, ímãs. E tá rolando promoção nessa primeira semana em várias estampas!
Bekobooks! Bekobooks! Bekobooks!
Saiu mais uma série de caderninhos artesanais feitos pelo Velho (ou: o Beco, meu pai) com desenhos meus.
Dessa vez escolhemos Beetlejuice como tema. Aqui tem todas as infos e valores.
Se você é de Porto Alegre: dia 9 e 10 de março vai rolar a feira garganta e eu vou estar lá vendendo bekos, gibis e outras coisinhas!
True detective Terra Noturna
Vocês estão vendo essa última temporada de TD?? Nem terminou ainda mas eu preciso comentar aqui porque estou muito IMPACTADA. Tem tudo o que eu amo numa série de terror/suspense: a dupla de detetives atormentada que se odeia mas se complementa nas obsessões e traumas (não sei quem eu amo mais aqui: Jodie Foster ou Kali Reiss), um lugar isolado e gelado - tem uma vibe de um dos filmes de terror que eu mais curto: The Thing, e o sobrenatural que fica implícito desde o começo.
E tem um visual incrível e a abertura é tão interessante que eu fui atrás da música da Billie Eilish e o clip dela é uma obra de arte, parece um curta de terror, aí agora estou numa fase Billie.
Aliás, essa temporada foi escrita e dirigida pela Issa Lopez, uma cineasta mexicana que eu não conhecia ainda, mas já quero ver tudo dela, começando por esse aqui, que parece ótimo.
Só muito decepcionada que o criador das outras temporadas (a primeira é uma das coisas mais legais já feitas pra tv, as outras achei chatas), não curtiu Terra Noturna. Que mané.
Crazy bicho lady
Tipo essa mulher aqui ou essa ou esse senhorzinho simpático e suas cocotas ou esse outro velhinho que se reúne com seu amigo Dimdim todo ano
Falando em cocotas, quando estava lá em Pelotas eu e o velho tentamos de tudo pra atraí-las, desde frutas até colocar uma caixa de som com o seu “lindo” canto (os vizinhos devem ter amado). De qualquer forma, os pardais seguem visitando e brigando por pãozinho, a família joão de barro (pra quem acompanha minhas cartinhas vai lembrar da casinha no poste bem na frente da casa nova dos meus velhos), bom os joão já foram embora e ela está ocupada por andorinhas. A novidade é que agora temos os Bentos: os bem-te-vi que gritam na janela quando o velho esquece de colocar comida pra eles. Nenhum nos deixa chegar muito perto, como os bichos dos links, porém. Tudo bem, só a visita deles já traz alegria.
Até a próxima!